Como anda a menina que envergonhou todo o Brasil

Vocês lembram da jovem que xingou o goleiro do Santos, Aranha, de macaco? O grêmio perdia para o Santos de 2 x 0, fazendo com que a torcida gaúcha ficasse pra lá de revoltada com o jogo. No momento em que a torcida gritava “macaco! macaco!” para Aranha, em uma cobrança de tiro de meta, as câmeras flagraram Patrícia Moreira, aos gritos, repetindo o coro ofensivo ao jogador.


Não demorou muito para vida de Patrícia virar um verdadeiro inferno. Ela foi, obviamente, acusada de racismo, recebendo diversos xingamentos via Facebook e tendo sua imagem vinculada à diversos canais de televisão e jornais do mundo.
Todos estavam revoltados com o comportamento racista da torcida do grêmio e, principalmente de Patrícia, que não teve como fugir das acusações, uma vez que foi identificada no meio da torcida.
Pouca gente sabe, mas chamar os jogadores de outros times de macaco, em especial os Colorados, já era uma tradição antiga do Grêmio. Como o estádio do Internacional, antes da construção do Beira Rio, era menor, muitos torcedores assistiam ao jogo subindo em árvores. Daí a “tradição” da torcida gremista chamar os adversários de macaco.

Claro, que ao partir do momento que um jogador negro é alvo desse tipo de xingamento, a coisa muda de figura, colocando o racismo na agenda dos times de futebol. Até mesmo porque, temos muitos casos como o de Aranha na história do futebol.
Patrícia envergonhou o Brasil, por isso, sua vida nunca mais será a mesma. Após esse episódio, a torcedora perdeu o emprego, mudou de residência e deletou todos seus perfis nas redes sociais. No entanto, a tentativa de ficar anônima não foi bem sucedida. Seu novo perfil nas redes sociais foi novamente alvo de críticas, depois que ela postou foto na com o ídolo do Internacional D’Alessandro.

Patrícia Moreira promete jamais voltar à Arena do Grêmio. “Imagina se ela vai e é reconhecida, o que pode acontecer?”, diz uma pessoa próxima a jovem. O medo de ser agredida na rua é constante. Ela conseguiu novo emprego e voltou a morar em Porto Alegre. A menina continua em tratamento psicológico, que já dura um ano.
“Nunca mais a vi, por aqui nunca mais esteve. Nem os familiares tenho visto”, disse Altair, vizinho da antiga casa onde Patrícia morava.  O Grêmio, que perdeu pontos e acabou eliminado da Copa do Brasil por conta da atitude da menina, já não proibe músicas utilizando o termo ‘macaco’ e ‘macacada’ para se referir aos aficionados do Internacional. Os cânticos passaram a ser entoados novamente. Isso é Brasil minha gente!
De fato, Patrícia vai carregar o estigma de ser racista por toda a vida. Mas vale lembrar que todos cometem erros, nem por isso devemos crucificar pessoas pelos seus atos. Fica a dica para os coleguinhas que xingaram Patrícia de “vadia”, “piranha”, “vagabunda”, isso também é muito errado.
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